terça-feira, 8 de setembro de 2009

Vodka

- Vodka... com bastante gelo. – disse Francis num tom quase sussurrante sentando-se num dos vários bancos vazios a frente do balcão do velho bar onde costumava ir em noites de pouco agito. Era a quarta vez, só naquela semana, que Francis sentava naquela mesmo banco para tomar a primeira de suas 4 doses de Vodka para tentar esquecer o que lhe havia acontecido nos últimos meses.

- Sabe Denis... eu estive pensando, acho que este é apenas um complô para que me façam beber esta maldita Vodka que você vende aqui. – disse Francis levantando o copo e olhando para Denis, tentando forçar ao máximo um sorriso. Falhara. – sabe... estas minhas desilusões, estas mulheres erradas, devo dizer, que aparecem em minha vida... acho que você vem pagando-as para que, de alguma maneira, me façam te dar algum lucro em dias como esse. – concluiu levando a mão ao bolso da calça jeans azul, um pouco surrada, e tirando um maço de cigarros. Abriu-o, retirou um cigarro lentamente, olhou-o com calma... era uma espécie de ritual. – Se importa se eu fumar? – perguntou a Denis, pela quarta vez na semana, e obteve “Não, senhor” pela quarta vez na semana. Francis sempre fazia a mesma pergunta, talvez para exercitar seu sarcasmo. Se divertia fazendo ao barman perguntas que deveriam ser feitas a algum amigo... fazia a pergunta ao barman pois não tinha a quem perguntar.

Deu uma tragada longa no cigarro... deixou a fumaça subir, ficou olhando-a, como se esperasse algo dela. A fumaça nada tinha a oferecer.

- Vodka... sem gelo por favor. – Disse uma mulher muito branca e de cabelos muito vivos, sentando-se num dos inúmeros bancos vazios em frente ao balcão.

Francis olhou para ela, tentando usar ao máximo sua visão periférica, reparando que um banco os separava. Olhou para o cigarro bebeu mais um gole de sua Vodka ficou olhando para o copo esperando que a mulher, que lhe era familiar de algum lugar, bebesse o primeiro gole. E ele foi bebido.

- E o que a faz beber Vodka essa noite? – perguntou sem levantar os olhos, ainda admirando a fumaça de seu cigarro que subia num fio cada vez mais alto, para logo se espalhar em uma nuvem cinza pelo bar escuro. A esta altura, ninguém desconfiaria que Francis estaria tentando paquerar a mulher. Ele havia decidido, há algumas semanas, que só daria valor a uma mulher no mundo: sua mãe. E além do mais, aquela a seu lado, a um banco de distancia dele... era Donna Summer, uma apresentadora de um programa numa emissora local.

- Sede... e talvez uma busca por alivio mental. A gravações as vezes me matam.

- Entendo, todos nós procuramos alivio... e talvez a Vodka seja um ótimo remédio, pena seus efeitos não serem muito prolongados. – disse olhando as garrafas de Whisky em prateleiras a frente do balcão.

- Não sei o que mais me estressa, se são as gravações ou os fãs chatos que vivem correndo atrás de mim em dias que realmente preciso de uma dose. Sabe, ontem tive que ir para Chicago entrevistar Karl...

- Sabe... – disse Francis interrompendo-a – você é uma mulher bonita, atraente e parece bastante inteligente mas, desculpe, eu odeio seu programa e não tenho a menor intenção de ouvi-la falar sobre ele. – Se levantou, apagou o cigarro, deixando uma nota de dez no balcão bebeu o ultimo gole de sua Vodka. Donna o viu se dirigindo até a saída e se levantou...

- Francis... – disse Donna, a ex-mulher de Francis. A mulher que há 2 meses atrás o havia traído e insultado. A mulher que o fazia beber Vodka todas as noites. – eu te amo Francis. – agarrou o braço dele e fez de tudo para parecer chorar.

- Não me culpe por isso Donna. – disse Francis, tentando parecer o mais insensível possível, desvencilhando-se dos braços dela, e se dirigindo ao apartamento que um dia abrigou Donna.

Era a primeira vez em 2 meses que Francis saia do bar sem beber suas 4 corriqueiras doses de Vodka e sem fumar seus 9 cigarros.

Aquela noite, e apenas aquela noite, ele realmente não tinha certeza se conseguiria dormir na cama em que um dia amou Donna.

terça-feira, 19 de maio de 2009

A terceira hipótese.

Mudar de cidade pode ser mais fácil do que parece!

Conheça a história de dois jovens que trocaram de cidade, mas se adaptaram muito bem

Eduardo Ribas

Acordo OrtográficoA necessidade de ter que partir e deixar tudo para trás não costuma ser agradável. Ainda mais se você precisar mudar para um lugar bem diferente de onde costumava morar antes. Conheça a história de Anna Cintra, de 20 anos e Guilherme Ferrairi, de 16. A Anna era do interior de São Paulo e foi parar na capital e Guilherme saiu da região do ABC Paulista para Minas Gerais.

Anna vivia na cidade de Amparo, que fica a cerca de duas horas de São Paulo. Pode não parecer tão longe, mas a vida lá é bem diferente. O ritmo de vida é mais tranquilo, tanto que dá para fazer coisas que nas grandes capitais nem dá tempo. "Baladinhas, cinema, barzinho, almoço ou mesmo ficar sentada na praça da cidade tomando sorvete ", relembra.

Mas nesse caso, Anna mudou porque quis e foi para São Paulo fazer faculdade de Rádio e TV. "Eu escolhi São Paulo, até porque por lá (onde morava) não tinha opção de faculdade; eu vinha pra sampa ou eu ia pra Bauru. Preferi São Paulo, pela facul e por ser mais perto", reflete Anna. A mudança não foi tão complicada, pois a família da mãe da garota é da capital paulista, mesmo assim ela ia todo fim de semana de volta pra Amparo para matar a saudade. A separação das amigas também foi complicada, quem ajudou bastante foi o telefone.

O tempo passou e Anna conheceu uma nova galera na faculdade. "Fiquei muito próxima de umas meninas, mas não me afastei das amigas... Só com o tempo. Fui deixando de ir todo final de semana, mas sempre mandava e-mail, ligava", conta Anna. Por incrível que pareça, a pior parte da adaptação não foi em relação aos amigos que ficaram para trás, e sim ter que viver na cidade grande. "No começo a poluição incomodou um pouco, até fiquei meio doente, mas hoje em dia até brinco com a minha mãe quando estou no interior. Digo que preciso da fumaça de Sampa pra sobreviver"..

O processo foi inverso para Guilherme, que mudou da região da Grande São Paulo para a cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, já quase próximo ao Estado de Goiás. O garoto tinha apenas 12 anos, e estava na sétima série. A opção de mudar, nesse caso, não foi do garoto. "Foi bem ruim. Não me enturmei rápido e não gostava daqui", reclama. Guilherme, a irmã mais velha e a mãe precisaram mudar por conta do trabalho de seu pai. Apesar dos três estarem no mesmo barco, Guilherme se sentia muito sozinho.

A cidade de Uberlândia é um misto de cidade grande com interior, mas segundo Guilherme, a cabeça do pessoal de lá é bem "diferente" daquela das pessoas que conviviam com ele em São Paulo. Para piorar, a família do garoto nem sabia se iria ficar de vez em Minas Gerais, pois se o pai acertasse os problemas com seus negócios, poderiam voltar. "Como a gente não sabia se ia continuar morando aqui, nem fiz questão de nada", relembra Guilherme. Ele não se preocupou em fazer amizades, muito menos em se dedicar ao estudos. Repetiu a sétima série, pois não conseguia pensar em estudar e faltava em diversas aulas.

Finamente a família decidiu que teria que ficar mesmo por lá e Guilherme se acostumou com a ideia. Passou a se abrir mais para novas amizades, começou a fazer aulas de basquete e seus pais ficaram sócios de um clube da cidade. "Depois melhorou muito!", relembra animado. E os amigos que ficaram em São Paulo? "Tinha dois grandes amigos. Saíamos juntos todo dia, mas hoje é só por Orkut e quando estou em São Paulo, tentamos nos encontrar", explica Guilherme. A adaptação em relação a cidade também foi melhorando, já que o garoto descobriu o que tinha de bom por lá. Além disso, Guilherme conta que "o shopping cresceu bastante e tem uma lan house a cada esquina". E isso facilita bastante a vida dele.

Para encarar as mudanças que ocorrem em nossas vidas é preciso estar disposto. A cada novo lugar, uma nova amizade pode surgir e isso torna a vida realmente mais interessante. Conhecer novos lugares pode parecer assustador, pois precisamos deixar de lado um lugar que conhecemos com a palma da mão para aprendermos novos "caminhos". Mas vale a pena, afinal não tem como saber se você é uma pessoa mais de praia, de interior ou cidade, se não passar pela experiência de viver nesses lugares! E os amigos que ficam para trás, se forem amigos mesmo, continuarão junto de você de alguma forma.

O que rola - iG Jovem - 31/12/2008



Ou não.

Na matéria acima vemos 2 casos de pessoas que largaram amigos, amigos... é, apenas amigos.
Abandonaram amigos para viver em outra cidade em busca de um futuro melhor, ou por imposição irrefutável.
Esqueceram de um terceiro tipo de mudança: aqueles que abandonam TUDO para ser felizes.

Algumas pessoas têm que abandonar casa, família, amigos, emprego, liberdade... para viver em outra cidade.

Durante muito tempo da minha vida eu tive um sonho: morar em São paulo.
Por que São Paulo?
É a cidade que eu vejo na TV meu.
Sim, é inegável a diversidade de oportunidades encontradas em São Paulo, seja com relação a trabalho, lazer ou até mesmo relacionamentos. Mas sabemos também que essas oportunidades seriam totalmente reduzidas não fosse a mídia. Como o assunto não é o MITO chamado São Paulo... continuemos.

A maioria das pessoas que se mudam para outras cidades, não têm o perfil dos adolescentes de classe média listados acima que sem dúvidas não foram para outras cidades porque a situação em sua cidade natal era insustentável.

Nordestinos que vão para outras cidades - e denovo cito São Paulo, estão em busca apenas do essencial a vida: emprego. O que geralmente é oferecido em baixíssima qualidade em suas cidades natais e o que também encontrarão com dificuldade em outra cidade, pois vão com nada no bolso e quase nada na cabeça. Em sua maioria são analfabetos que apenas aumentam as estatísticas de pobreza nas grandes cidades e ascendem o ódio dos nativos.

Não se iludam com a reportagem acima,eu sei que a maioria do povo brasileiro que gostaria de mudar de cidade, buscar novos horizontes, conhecer novas culturas ou apenas encontrar novas fontes de lazer não dispõe de parentes solidários dispostos a ceder moradia, alimentação e etc. Ou pais em condições de bancar o sonho dos filhos.

Mudar de cidade realmente, em raaaaras hipóteses pode ser mais fácil do que parece, mas em todas as outras hipóteses é muito mais difícil do que se espera.

Você estará sozinho, sem moradia, sem emprego, sem amigos e na maioria das vezes... sem dinheiro! Terá que se virar de qualquer maneira e corre um grande risco de virar mais um número nas estatísticas da pobreza.

Seja realista, a vida não é fácil e nunca será. Tenha um ideal, esteja centrado, planege. Pense uma, duas, três... mil vezes antes de se aventurar.

Conte cada centavo de que dispõe e saiba que sim, eles serão muito importantes.
Não conte com a ajuda de outras pessoas, saiba que o maior interessado na realização de seu sonho é você mesmo, e é o único que pode te ajudar.

Não tenha vergonha do que sabe fazer. Sabe bater lage? FAÇA! Isso pode bancar sua faculdade.

Algumas pessoas têm muitos sonhos e pouca atitude.
Tenha muitos sonhos e SEJA atitude.

{...}estou confuso joguei tudo pra trás
mas no fundo eu sei que não tentei de tudo
mas que bom poder ter uma chance a mais {...}

Tudo Pro Alto - Charlie Brown Jr.

Aquele abraço. (próxima: São Paulo não se chama São Paulo)
(Foto: Kenji_onze)

terça-feira, 24 de março de 2009

Maggie

Interrompendo um pouco as notícias, vou falar um pouco sobre a minha cachorrinha de estimação, a Maggie (minha mãe gosta de chamá-la de Meg... por causa da Meg Ryan, sabe como é?) uma poodle.

Chegou como quem não queria nada, lá em casa, frágil, pequenina, silenciosa, um amor de cachorrinha, mas dentro de poucos meses se tornou o inferninho da casa.
Não podia ver ninguém que começava a latir feito uma louca, ninguém na casa podia fazer um movimento mais brusco que a maldita cadelinha se assustava e começava a latir.

Minha mãe a mimava como se fosse uma criança, e eu é claro, sempre reprovei tal atitude, a cachorra recebia pão de queijo no café da manhã, como pode?

Onde já se viu? cachorros comendo pães de queijo.

A Maggie tinha um monte de bichinho de pelúcia, minha mãe gostava de comprar pra ela no aniversário, e eu como sempre, reprovava dar para uma cachorra um bicho de pelúcia que em poucas semanas seria destruido.

Sempre que eu chegava em casa, fosse do trabalho ou da escola, ou de qualquer ida à padaria, a Maggie me recebia com milhares de latidos, que me irritavam profundamente, me dava umas lambidas no fundo do ouvido e eu chegava a bater na poodle, e ela saia chorando pelos cantos.

A Maggie morreu, no dia 25 de dezembro de 2008 às 00:08 hrs.
A Maggie morreu.

E foi a pior perda da minha vida, a pior de todas, nem quando meu avô morreu eu senti tanto.
Naquele momento, ela deixou de ser a irritante poodle, e eu percebi o quanto seria difícil viver sem a nossa cachorrinha, a nossa pivetinha.

Que mesmo depois de anos que meu irmão tinha ido embora de casa, ela o reconhecia e fazia a maior festa quando ele nos visitava.
Que me recebia com a maior alegria quando eu chegava de qualquer lugar que eu fosse.

Ela tinha aproximadamente... uns 8 anos...

Eu disse a minha namorada que ia levar a Maggie pra passear.
Eu disse isso no dia 24 de dezembro de 2008... tarde demais!

saudade... apenas saudade.

Não esperem seus animais de estimação, seus verdadeiros amigos, morrerem pra começar a dar valor a eles...

Seu eu pudesse voltar atrás, teria levado a Maggie mais pra passear, teria brincado mais com ela, teria deixado ela dormir mais na minha cama, teria dado mais pão de queijo àquela maníaca por queijo, teria dado mais amor a ela, pra que ela morresse sabendo que eu sempre a amei.

saudade, apenas saudade.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A insistência dos paulistas.

O PSDB de São Paulo não desiste, ao contrário, insiste. A nova desculpa para a tentativa de transformar a candidatura do governador paulista, José Serra, à presidência da repúblicaé a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os tucanos paulistas a acusam e ao presidente Lula de fazerem campanha antecipada.Chegaram até a ameaçar ir à Justiça Eleitoral por causa disso. Nem bem esperaram a notícia esfriar e lá vem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pedir que a cúpula tucana faça com que o governador Aécio Neves (PSDB) desista da disputa. Na verdade, o objetivo é enterrar as prévias do partido, ainda que o presidente da legenda, Sérgio Guerra (PE), seja favorável e acredite que elas podem fortalecer o candidato que for escolhido.

O curioso é que partiu do próprio José Serra o comentário mais sensato sobre o assunto. Ele foi claro e objetivo ao dizer que não pode se lançar candidatp, como que FHC, sem o apoio de Aécio. Os tucanos paulistas querem repetir Lula e Dilma e por o pé na estrada. Serra, na sexta-feira, por exemplo, participou de uma feira agropecuária em Cascavel, no interior do Paraná. Aécio planeja percorrer o país, mas em campanha interna no partido, a partir do mês que vem. A questão central [e por que os tucanos paulistas temem tanto as prévias? Será que nos outros estados há um sentimento contrário às imposições da cúpula que sempre permeou as decisões na legenda? Ou será que têm medo da reconhecida capacidade de articulação política de Aécio?

O fato é que São Paulo quer se impor na marra. O problema é que Minas Gerais já dá sinais de que não vai aceitar esse tipo de jogo. Topa uma disputa legítima no âmbito das prévias, o que dária a Aécio, mesmo que ele fosse derrotado, argumento suficiente para fazer campanha para Serra no estado. Se a cúpula tucana insistir em mudar as regras do campeonato, um sentimento de rejeição no segundo maior colégio eleitoral do país pode ser fatal para o PSDB.


Baptista Chagas de Almeida
Em dia com a política.
Estado de Minas - Domingo, 15 de fevereiro de 2009



Dilema, ou não.


É popularmente certo que qualquer que seja o candidato tucano a presidência em 2010, será eleito. Mas uma união que seria o caminho certo para um partido tão forte, não é a realidade que paira sobre o PSDB.


De um lado José Serra, governador do estado de São Paulo, candidato tucano a presidência em 2002 quando foi derrotado pelo atual presidente: Lula.


Do outro: Aécio Neves, governador do estado de Minas Gerais, neto do ex presidente Tancredo Neves, o candidato eleito que não governou, morto no mesmo ano. (controvérsias)



José serra tenta a todo custo persuadir a presidência tucana de que o melhor a se fazer no momento é lançar sua candidatura imediatamente, visto que tem o apoio do também derrotado Geraldo Alckmin, e começar campanha presidencial a fim de fazer frente a corrente campanha de Lula a favor de sua candidata a sucessão: Dilma Rousseff.

Como um golpe baixo numa luta de boxe, o governo paulista veicula em todo o Brasil uma campanha publicitária enaltecendo os serviços prestados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) ao país. “É o governo de São Paulo, trabalhando por você” é o que diz a propaganda.

Confesso que achei normal a propaganda, nos primeiros segundos, depois me dei conta de que... se não me enganava, eu estava no estado de Minas Gerais que é abastecida pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais, a COPASA.

Logo me dei conta de que o governo de São Paulo não estava brincando quanto a candidatura de Serra à presidência, e tentava plantar na mente dos brasileiros a informação de que José Serra trabalha pelos brasileiros, como se o mesmo conseguisse trabalhar direito ao menos para os paulistas, seus súditos.



Aécio Neves por outro lado, quer o que o partido com quase toda certeza vai fazer: prévias, para definir o candidato às eleições de 2010. É uma espécie de votação interna com os membros do partido. É inquestionável o poder do mineiro de firmar alianças políticas, e inegável que sua imagem é muito mais positiva do que a de Serra junto aos tucanos.



Um dos únicos trunfos de José Serra é governar o maior colégio eleitoral do Brasil... e só. O fato de já ter concorrido à eleições presidenciais tem conseqüências ambíguas: foi escolhido sem prévias e já foi derrotado pelo partido concorrente: o PT. Por outro lado tem sua vantagem confirmada pelo ditado: “a persistência leva a perfeição”. Que o diga o atual presidente.



E agora? O que é o melhor para o partido? Prévias? Que levariam a um embate entre os dois principais nomes do partido?

Ou logo lançar José Serra como candidato, e correr o risco de Aécio Neves – sem dúvida um dos nomes mais populares do partido, debandar para o PMDB que não esconde tal vontade, lançando assim uma chapa deveras popular com Aécio para presidente e Ciro Gomes para vice?



Ao que parece, o embate interno no ninho tucano está mais emocionante do que as próprias eleições presidenciais de 2010 serão.


Que vença o melhor.


Aquele abraço.




sábado, 14 de fevereiro de 2009

Por que jornalismo?


(desabafo)

As vezes me perguntam sobre a escolha pelo jornalismo como carreira profissional, como objetivo profissional, como sonho. Geralmente perguntas que já vem com respostas de fábrica: “ah, você quer apresentar o Jornal Nacional né!?”

“Trabalhar com o Bonner hein”.

Não.

A maioria das pessoas não percebe e/ou não dão valor ao real objetivo do jornalismo na vida de cada um, não se dão conta de que jornalismo não é igual a fama. Jornalismo é igual à informação, não importa a maneira como essa informação seja transmitida, ela traduz a palavra jornalismo.

Sempre tive sede por informação, notícias, fatos relevantes à sociedade, que retratam a constante mutação mundial. O mundo não pára de mudar e, se não estivermos por dentro de tais mudanças ficaremos para trás, parados no tempo, inertes dentro de um mundo em transformação.



Não escondo minha intensa vontade de trabalhar um dia no jornal Estado de Minas, por considerar um dos melhores jornais em circulação no Brasil e por ter sede na cidade que mais amo no Brasil: Belo Horizonte. Mas também não escolhi o jornalismo pensando em salários altos, autógrafos a anônimos, festas glamurosas ou qualquer outra futilidade conseqüente de trabalho duro. Escolhi o jornalismo pelo estilo de vida que tal carreira nos remete. A ciência sobre assuntos diversos, a dose diária de leitura esclarecedora, o conhecimento de fatos realmente importantes para a vida do ser humano, para a vida útil do planeta.

Este blog ao contrário do que muita gente pensa, não é um blog jornalístico, pois não é imparcial. É um blog de opiniões parciais sobre notícias publicadas e diversos veículos de informação. O blog serve para mostrar meu amor por duas praticas prazerosas e revigorantes: a leitura e a escrita.

Aquele Abraço.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Definindo Prioridades

Defesa alerta para chuva forte em 20 Estados e DF
02 de fevereiro de 2009 • 18h30 • atualizado às 18h42

A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, enviou alerta de chuva forte às defesas civis dos Estados do Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Rondônia, Amazonas, Acre, Pará, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Paraná, Espírito Santo e Distrito Federal.

Na tarde e noite desta segunda-feira, áreas de instabilidade formam nuvens carregadas que provocam pancadas de chuva no oeste da Bahia. A chuva pode ser de forte intensidade e acompanhada de raios. Na terça-feira, o alerta é válido para o oeste e norte do Estado.

Áreas de instabilidade formam nuvens carregadas que provocam pancadas de chuva no centro-norte do Paraná na noite desta segunda-feira. Há risco de temporais isolados com chuva forte, raios e ventos entre 50 e 60 km/h. Amanhã e quarta-feira, a chuva deve atingir todo o Estado.

Nesta segunda e terça-feira, a presença de áreas de instabilidade mantém as pancadas de chuva no centro-sul e oeste do Espírito Santo, no Rio de Janeiro, no Pará, no Acre, no Amazonas, em Rondônia, na Paraíba, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, no Ceará, no Maranhão e no Piauí. A chuva pode ser de forte intensidade e acompanhada de raios, em alguns momentos.

A presença de áreas de instabilidade, entre hoje e quarta-feira, forma nuvens carregadas que provocam pancadas de chuva em São Paulo, em boa parte de Minas Gerais, em Mato Grosso do Sul, em Goiás e no Distrito Federal. Em alguns momentos, a chuva pode ser de forte intensidade e acompanhada de raios, especialmente, no Triângulo Mineiro, oeste e centro-sul de Minas Gerais.

Até quarta-feira, áreas de instabilidade tropicais mantém as condições de pancadas de chuva no Tocantins e em Mato Grosso. Podem ocorrer temporais isolados, com chuva forte e raios.

A Secretaria Nacional de Defesa Civil recomenda que a população evite áreas de alagamentos e com risco de deslizamentos de encostas, morros e barreiras. Ruas sujeitas a alagamentos localizados e lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra raios e ventos fortes também devem ser evitados.

(http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3488365-EI8139,00-Defesa+alerta+para+chuva+forte+em+Estados+e+DF.html)


E eu duvido muito que metade dos leitores que leram que "Tom Cruise, sua esposa e filhos curtem ilha em Angra dos Reis" leram a notícia acima.

Qual é a real prioridade para o povo brasileiro? A sua saúde, sua cidade, o seu país?

Sua própria vida ou a vida alheia?

Enquanto Tom Cruise aproveita a divulgação de seu novo filme, Em João Monlevade, sul de minas, Ranoy de Oliveira,22, natural da cidade mas que mora em Betim, trabalha para conquistar denovo tudo aquilo que tinha dado a sua mãe. Móveis, roupas, eletrodomésticos, tudo levado pela enchente causada pelas fortes chuvas que atingiram o estado neste fim de semana.

"Cheguei lá em casa e vi minha mãe chorando me esperando". Ele não sabia que o choro não era só alegria por ver o filho que há 4 anos não voltava a cidade, mas eram também, lágrimas de chuva.

"Enquanto eu limpava a casa, dizia pra minha mãe pra não se preocupar, que Deus me deu força suficiente para trabalhar e eu conseguiria recuperar tudo que a chuva levou." diz, "no fim do dia, meu pai comprou duas caixas de cerveja e uma garrafa de pinga, agente acabou fazendo um churrasco. Fazer o que né, depois que a tragédia aconteceu não adianta ficar chorando." disse o jovem sorrindo.

E realmente não há muita alternativa para esse povo que luta, a não ser tentar ser feliz outra vez.

A maioria mal sabe a quem culpar, e acabam culpando São Pedro, que a essas horas deve estar dormindo um sono tranquilo numa cama confortável, abrigado num livro de fábulas de onde nunca deveria ter saído, quando na verdade o culpado, no caso, é o prefeito(a). Sim, isso também é culpa da administração pública que falha, mesmo em grandes cidades, em seus projetos de canalização de rios, etc.

As chuvas não são falhas humanas, as enchentes sim.


Aquele abraço

(foto:enchente na Av. Aricanduva em São Paulo. créditos à http://www.flickr.com/photos/29456004@N02/2893328137/)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Mais qualidade, menos rótulos.

Boa música na dose certa

Coincidência ou não, volto meus olhares outra vez para a cena indie/folk brasileira.

Não gosto muito de falar em estilos, música pra mim não tem estilo, tem qualidade ou não.

Ao contrário de meu último post, venho através deste, indicar uma banda, um grupo de músicos que realmente honram a denominação: músicos.

Transmissor é uma banda mineira de Belo Horizonte (qualquer bairrismo é mera coincidência) formada por músicos já conhecidos na cena musical belorizontina: Leonardo Marques e Thiago Corrêa (Diesel/Udora), Pedro Hamdan (mordeorabo) e Jennifer de Souza (Cinza) e Henrique Matheus, guitarrista e produtor musical.

Lançaram seu CD de estréia ano em agosto passado. Sociedade do Crivo Mútuo é bem agradável aos ouvidos e soa como algo novo a nossos ouvidos já tão saturados pela mesmice do cenário musical brasileiro.

Infelizmente é quase impossível achar mp3 da banda pelos programas de compartilhamento disponíveis por aí, o que para uma banda que começa a das os primeiros passos rumo ao sucesso poderia ser de grande ajuda, deixemos as “estrelas” do alto de seus palcos de ouro reclamarem dos downloads ilegais.

A qualidade a produção impressiona para um disco independente, mas, sem mais delongas, confiram: www.myspace.com/transmissor

Fato espantoso é tamanha qualidade com tão pouco reconhecimento.

A comunidade oficial da banda no orkut tem incríveis... 468 membros.

Fazendo uma comparação rápida com nossa sempre queridinha Mallu Magalhães: 29.693 membros em sua maioria pré adolescentes habitam comunidade homônima.

Mas Transmissor, um dia encontrará o merecido reconhecimento... ou alguma campanha publicitária qualquer...

Aquele abraço.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mallu Magalhães: revelação ou mito?

Analisando uma nova moda.

Depois de muito ouvir falar em Mallu Magalhães, tida por muitos como a revelação da música brasileira no ano de 2008, resolvi me dar ao trabalho de ouvir algumas canções – pelo menos as que deram tal status a cantora e me surpreendi ao ver que minhas suspeitas... se confirmavam.
Nunca gostei de novas modas por serem em sua maioria obsoletas e/ou fúteis demais, seja aos ouvidos, olhos ou paladar.
Os jovens brasileiros parecem ter um estranho prazer de fazer de outros jovens, sem talento algum, deuses. Assim foi com várias bandas “EMO” que surgiram pelo Brasil, como Fresno e NX Zero, com seus vocalistas com vozes de crianças, e seus guitarristas... que tocam feito crianças, 3 acordes e uma letra “dor de cotovelo” e pimba... está pronta uma “música”.
Mallu Magalhães por sua vez, em pelo menos um dos termos citados, se difere das demais aberrações: ela ao menos, sabe tocar mais que 3 acordes, mesmo do alto de seus 16 anos de idade.
Agora que pelo jeito acharam a fórmula do sucesso, será difícil agüentar a enxurrada de “artistas” com seus violões folk, suas vozes de criança, seus estilo indie e suas letras em inglês tentando emplacar suas músicas em alguma campanha publicitária. Bom, ao menos o dono do MySpace agradece.
Talvez seja isso o que encante (ao a mim) na garota: sua voz de criança, seu jeito de criança, suas letras de criança – pa pa pa pa paaaaaaaaaaa – o fato da própria ser uma criança deve ser o suficiente para a massa desprovida de personalidade.
Mas de qualquer forma, parabéns a Mallu Magalhães, seu inglês é muito bonzinho, é só treinar um pouco na pronuncia.

*Cometeria uma injustiça se não elogiasse também sua prática com instrumentos de corda, habilidade raramente encontrada em garotas de 16 anos.*

Aquele abraço.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Mais uma cota.

CDH, do Senado, aprova cota para negros em empresas

Qua, 27 Ago, 07h20

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) aprovou hoje o projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) que estabelece cotas para negros nas empresas públicas e privadas. O texto reserva 20% dos cargos em comissão do grupo de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) da administração pública, "que será ampliada gradativamente até que a ocupação desses cargos por afro-brasileiros seja equivalente à proporção dessas pessoas na população brasileira". Quanto às empresas privadas, as que tiverem mais de 200 empregados, deverão reservar 46% delas para negros.

O projeto estabelece ainda que os empregadores não poderão pedir fotografia ou declaração de raça ou cor dos candidatos a emprego. A tramitação do projeto está apenas começando. Terá ainda de ser examinado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, antes de ser encaminhada à Câmara dos Deputados.

No seu parecer, Paim afirma que a discriminação por motivo de raça, cor, ascendência ou origem racial ou étnica ainda persiste no mercado de trabalho brasileiro. Ele diz que a sua intenção é a de promover a inclusão nos setores público e privado. Para o senador, seria ingênuo, em boa fé, ou cínicos, em má-fé, se não reconhecesse o preconceito na sociedade brasileira. Daí porque entende que contra "essas regras não escritas, a Constituição de 1988 oferece remédios das ações afirmativas".

(Yahoo Notícias)

E mais uma cota para negros é aprovada, como se fosse uma real solução para o problema da educação pública do país.

Assim como em universidades - que garantem 40% das vagas para negros e/ou pardos - as empresas públicas e privadas agora também serão obrigadas a admitir "profissionais" em sua maioria sem qualificação suficiente para exercer determinada função em virtude de sua cor.

Como um cala-boca, o governo tenta nos empurrar mais uma camuflagem afim de esconder os problemas educacionais que assolam o país.

Uma situação totalmente injusta para com candidatos muito melhores preparados a uma vaga na universidade, que tem suas oportunidades seifadas por essa "camuflagem social", mas que pode ser amenizada levando-se em conta a defasagem do ensino superior, que se tornou cada vez mais popular e acessível no Brasil. O que não se repete em empresas públicas e/ou privadas. Tal lei não poderia ter sido aprovada em pior hora.

Em tempos de crise, profissionais brancos qualificados, têm que dar lugar a profissionais negros desqualificados (salvo raras exceções).

O sistema educacional brasileiro peca em suprir suas necessidades básicas e a população paga o pato?

Até quando aceitaremos tal situação?

Os negros precisam abrir os olhos, perceber que essa esmola dada pelo governo não é uma solução definitiva para o grande problema brasileiro: a educação.

Espero do fundo do coração que a Câmara dos Deputados não seja conivente com esse "assalto".

Não deixemos que o governo consiga mais uma vez, calar a boca do povo brasileiro, e camuflar seus problemas sociais.

Não deixemos que justifiquem anos de injustiça para com os pobres, favorecendo negros e desfavorecendo brancos.

Aquele abraço.

sábado, 24 de janeiro de 2009

O começo

Cedendo aos pedidos de minha namorada, crio um (mais um) blog, mais um baú de pensamentos.
Augusto Monteiro, 19 anos, aspirante a jornalista, bebedor compulsivo de café, esse sou eu!
Por que "café, jornal e livros"?
Porque não há nada melhor do que ler um livro ou um jornal de domingo tomando aquela xicara enorme de café.
Alguém discorda? I don't care!
Pensei também em "Malditos e deliciosos devaneios" mas não achei que retratasse minhas intenções quanto ao blog.
Ha, agora propõem cotas para negros até nas empresas.
Quem, onde e minha opinião sobre o assunto é o que pretendo dizer no próximo post.
Aquele abraço.