terça-feira, 24 de março de 2009

Maggie

Interrompendo um pouco as notícias, vou falar um pouco sobre a minha cachorrinha de estimação, a Maggie (minha mãe gosta de chamá-la de Meg... por causa da Meg Ryan, sabe como é?) uma poodle.

Chegou como quem não queria nada, lá em casa, frágil, pequenina, silenciosa, um amor de cachorrinha, mas dentro de poucos meses se tornou o inferninho da casa.
Não podia ver ninguém que começava a latir feito uma louca, ninguém na casa podia fazer um movimento mais brusco que a maldita cadelinha se assustava e começava a latir.

Minha mãe a mimava como se fosse uma criança, e eu é claro, sempre reprovei tal atitude, a cachorra recebia pão de queijo no café da manhã, como pode?

Onde já se viu? cachorros comendo pães de queijo.

A Maggie tinha um monte de bichinho de pelúcia, minha mãe gostava de comprar pra ela no aniversário, e eu como sempre, reprovava dar para uma cachorra um bicho de pelúcia que em poucas semanas seria destruido.

Sempre que eu chegava em casa, fosse do trabalho ou da escola, ou de qualquer ida à padaria, a Maggie me recebia com milhares de latidos, que me irritavam profundamente, me dava umas lambidas no fundo do ouvido e eu chegava a bater na poodle, e ela saia chorando pelos cantos.

A Maggie morreu, no dia 25 de dezembro de 2008 às 00:08 hrs.
A Maggie morreu.

E foi a pior perda da minha vida, a pior de todas, nem quando meu avô morreu eu senti tanto.
Naquele momento, ela deixou de ser a irritante poodle, e eu percebi o quanto seria difícil viver sem a nossa cachorrinha, a nossa pivetinha.

Que mesmo depois de anos que meu irmão tinha ido embora de casa, ela o reconhecia e fazia a maior festa quando ele nos visitava.
Que me recebia com a maior alegria quando eu chegava de qualquer lugar que eu fosse.

Ela tinha aproximadamente... uns 8 anos...

Eu disse a minha namorada que ia levar a Maggie pra passear.
Eu disse isso no dia 24 de dezembro de 2008... tarde demais!

saudade... apenas saudade.

Não esperem seus animais de estimação, seus verdadeiros amigos, morrerem pra começar a dar valor a eles...

Seu eu pudesse voltar atrás, teria levado a Maggie mais pra passear, teria brincado mais com ela, teria deixado ela dormir mais na minha cama, teria dado mais pão de queijo àquela maníaca por queijo, teria dado mais amor a ela, pra que ela morresse sabendo que eu sempre a amei.

saudade, apenas saudade.