quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Mallu Magalhães: revelação ou mito?
Depois de muito ouvir falar em Mallu Magalhães, tida por muitos como a revelação da música brasileira no ano de 2008, resolvi me dar ao trabalho de ouvir algumas canções – pelo menos as que deram tal status a cantora e me surpreendi ao ver que minhas suspeitas... se confirmavam.
Nunca gostei de novas modas por serem em sua maioria obsoletas e/ou fúteis demais, seja aos ouvidos, olhos ou paladar.
Os jovens brasileiros parecem ter um estranho prazer de fazer de outros jovens, sem talento algum, deuses. Assim foi com várias bandas “EMO” que surgiram pelo Brasil, como Fresno e NX Zero, com seus vocalistas com vozes de crianças, e seus guitarristas... que tocam feito crianças, 3 acordes e uma letra “dor de cotovelo” e pimba... está pronta uma “música”.
Mallu Magalhães por sua vez, em pelo menos um dos termos citados, se difere das demais aberrações: ela ao menos, sabe tocar mais que 3 acordes, mesmo do alto de seus 16 anos de idade.
Agora que pelo jeito acharam a fórmula do sucesso, será difícil agüentar a enxurrada de “artistas” com seus violões folk, suas vozes de criança, seus estilo indie e suas letras em inglês tentando emplacar suas músicas em alguma campanha publicitária. Bom, ao menos o dono do MySpace agradece.
Talvez seja isso o que encante (ao a mim) na garota: sua voz de criança, seu jeito de criança, suas letras de criança – pa pa pa pa paaaaaaaaaaa – o fato da própria ser uma criança deve ser o suficiente para a massa desprovida de personalidade.
Mas de qualquer forma, parabéns a Mallu Magalhães, seu inglês é muito bonzinho, é só treinar um pouco na pronuncia.
*Cometeria uma injustiça se não elogiasse também sua prática com instrumentos de corda, habilidade raramente encontrada em garotas de 16 anos.*
Aquele abraço.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Mais uma cota.
Qua, 27 Ago, 07h20
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) aprovou hoje o projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) que estabelece cotas para negros nas empresas públicas e privadas. O texto reserva 20% dos cargos em comissão do grupo de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) da administração pública, "que será ampliada gradativamente até que a ocupação desses cargos por afro-brasileiros seja equivalente à proporção dessas pessoas na população brasileira". Quanto às empresas privadas, as que tiverem mais de 200 empregados, deverão reservar 46% delas para negros.
O projeto estabelece ainda que os empregadores não poderão pedir fotografia ou declaração de raça ou cor dos candidatos a emprego. A tramitação do projeto está apenas começando. Terá ainda de ser examinado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, antes de ser encaminhada à Câmara dos Deputados.
No seu parecer, Paim afirma que a discriminação por motivo de raça, cor, ascendência ou origem racial ou étnica ainda persiste no mercado de trabalho brasileiro. Ele diz que a sua intenção é a de promover a inclusão nos setores público e privado. Para o senador, seria ingênuo, em boa fé, ou cínicos, em má-fé, se não reconhecesse o preconceito na sociedade brasileira. Daí porque entende que contra "essas regras não escritas, a Constituição de 1988 oferece remédios das ações afirmativas".
(Yahoo Notícias)
E mais uma cota para negros é aprovada, como se fosse uma real solução para o problema da educação pública do país.
Assim como em universidades - que garantem 40% das vagas para negros e/ou pardos - as empresas públicas e privadas agora também serão obrigadas a admitir "profissionais" em sua maioria sem qualificação suficiente para exercer determinada função em virtude de sua cor.
Como um cala-boca, o governo tenta nos empurrar mais uma camuflagem afim de esconder os problemas educacionais que assolam o país.
Uma situação totalmente injusta para com candidatos muito melhores preparados a uma vaga na universidade, que tem suas oportunidades seifadas por essa "camuflagem social", mas que pode ser amenizada levando-se em conta a defasagem do ensino superior, que se tornou cada vez mais popular e acessível no Brasil. O que não se repete em empresas públicas e/ou privadas. Tal lei não poderia ter sido aprovada em pior hora.
Em tempos de crise, profissionais brancos qualificados, têm que dar lugar a profissionais negros desqualificados (salvo raras exceções).
O sistema educacional brasileiro peca em suprir suas necessidades básicas e a população paga o pato?
Até quando aceitaremos tal situação?
Os negros precisam abrir os olhos, perceber que essa esmola dada pelo governo não é uma solução definitiva para o grande problema brasileiro: a educação.
Espero do fundo do coração que a Câmara dos Deputados não seja conivente com esse "assalto".
Não deixemos que o governo consiga mais uma vez, calar a boca do povo brasileiro, e camuflar seus problemas sociais.
Não deixemos que justifiquem anos de injustiça para com os pobres, favorecendo negros e desfavorecendo brancos.
Aquele abraço.