domingo, 15 de fevereiro de 2009

A insistência dos paulistas.

O PSDB de São Paulo não desiste, ao contrário, insiste. A nova desculpa para a tentativa de transformar a candidatura do governador paulista, José Serra, à presidência da repúblicaé a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os tucanos paulistas a acusam e ao presidente Lula de fazerem campanha antecipada.Chegaram até a ameaçar ir à Justiça Eleitoral por causa disso. Nem bem esperaram a notícia esfriar e lá vem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pedir que a cúpula tucana faça com que o governador Aécio Neves (PSDB) desista da disputa. Na verdade, o objetivo é enterrar as prévias do partido, ainda que o presidente da legenda, Sérgio Guerra (PE), seja favorável e acredite que elas podem fortalecer o candidato que for escolhido.

O curioso é que partiu do próprio José Serra o comentário mais sensato sobre o assunto. Ele foi claro e objetivo ao dizer que não pode se lançar candidatp, como que FHC, sem o apoio de Aécio. Os tucanos paulistas querem repetir Lula e Dilma e por o pé na estrada. Serra, na sexta-feira, por exemplo, participou de uma feira agropecuária em Cascavel, no interior do Paraná. Aécio planeja percorrer o país, mas em campanha interna no partido, a partir do mês que vem. A questão central [e por que os tucanos paulistas temem tanto as prévias? Será que nos outros estados há um sentimento contrário às imposições da cúpula que sempre permeou as decisões na legenda? Ou será que têm medo da reconhecida capacidade de articulação política de Aécio?

O fato é que São Paulo quer se impor na marra. O problema é que Minas Gerais já dá sinais de que não vai aceitar esse tipo de jogo. Topa uma disputa legítima no âmbito das prévias, o que dária a Aécio, mesmo que ele fosse derrotado, argumento suficiente para fazer campanha para Serra no estado. Se a cúpula tucana insistir em mudar as regras do campeonato, um sentimento de rejeição no segundo maior colégio eleitoral do país pode ser fatal para o PSDB.


Baptista Chagas de Almeida
Em dia com a política.
Estado de Minas - Domingo, 15 de fevereiro de 2009



Dilema, ou não.


É popularmente certo que qualquer que seja o candidato tucano a presidência em 2010, será eleito. Mas uma união que seria o caminho certo para um partido tão forte, não é a realidade que paira sobre o PSDB.


De um lado José Serra, governador do estado de São Paulo, candidato tucano a presidência em 2002 quando foi derrotado pelo atual presidente: Lula.


Do outro: Aécio Neves, governador do estado de Minas Gerais, neto do ex presidente Tancredo Neves, o candidato eleito que não governou, morto no mesmo ano. (controvérsias)



José serra tenta a todo custo persuadir a presidência tucana de que o melhor a se fazer no momento é lançar sua candidatura imediatamente, visto que tem o apoio do também derrotado Geraldo Alckmin, e começar campanha presidencial a fim de fazer frente a corrente campanha de Lula a favor de sua candidata a sucessão: Dilma Rousseff.

Como um golpe baixo numa luta de boxe, o governo paulista veicula em todo o Brasil uma campanha publicitária enaltecendo os serviços prestados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) ao país. “É o governo de São Paulo, trabalhando por você” é o que diz a propaganda.

Confesso que achei normal a propaganda, nos primeiros segundos, depois me dei conta de que... se não me enganava, eu estava no estado de Minas Gerais que é abastecida pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais, a COPASA.

Logo me dei conta de que o governo de São Paulo não estava brincando quanto a candidatura de Serra à presidência, e tentava plantar na mente dos brasileiros a informação de que José Serra trabalha pelos brasileiros, como se o mesmo conseguisse trabalhar direito ao menos para os paulistas, seus súditos.



Aécio Neves por outro lado, quer o que o partido com quase toda certeza vai fazer: prévias, para definir o candidato às eleições de 2010. É uma espécie de votação interna com os membros do partido. É inquestionável o poder do mineiro de firmar alianças políticas, e inegável que sua imagem é muito mais positiva do que a de Serra junto aos tucanos.



Um dos únicos trunfos de José Serra é governar o maior colégio eleitoral do Brasil... e só. O fato de já ter concorrido à eleições presidenciais tem conseqüências ambíguas: foi escolhido sem prévias e já foi derrotado pelo partido concorrente: o PT. Por outro lado tem sua vantagem confirmada pelo ditado: “a persistência leva a perfeição”. Que o diga o atual presidente.



E agora? O que é o melhor para o partido? Prévias? Que levariam a um embate entre os dois principais nomes do partido?

Ou logo lançar José Serra como candidato, e correr o risco de Aécio Neves – sem dúvida um dos nomes mais populares do partido, debandar para o PMDB que não esconde tal vontade, lançando assim uma chapa deveras popular com Aécio para presidente e Ciro Gomes para vice?



Ao que parece, o embate interno no ninho tucano está mais emocionante do que as próprias eleições presidenciais de 2010 serão.


Que vença o melhor.


Aquele abraço.




Um comentário:

  1. Oi amor...Deixei um selo pra você no meu blog,tá?
    Depois pega lá e aproveita e atualiza aqui ;_;

    Te amo!
    Bnbk

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