segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

E no terceiro dia... ele não ressucitou.

Fidelidade nunca foi o forte de Dennis... sua índole era inabalável, até falarmos dos prazeres da carne... das tentações mundanas.

- Cozinha vazia - disse Lyla, apertando o pau de Dennis tão forte que causava dor e não prazer.

- Não Lyla. - disse Dennis virando-se pra trás e vendo a garçonete se dirigir à cozinha, rebolando... ela sabia. Seu erro talvez não tenha sido dizer Não... mas sim ter olhado pra trás. Há convicções na vida de um homem que nem os olhos podem alterar... essa não era uma delas.

Dennis era o barman daquele velho bar que parecia um bordel aos sabados... repleto de vadias e homens de meia idade cansados de suas amadas esposas, aquelas que fingem não saber o que acontece quando lembram quem paga as contas.

Homem alto, cabelos castanhos muito escuros, tatuagens diversas moldando seu escultural corpo de jogador de futebol americano... mas só as quartas feiras. Ele se perguntava constantemente como se casou tão cedo... sim, ele se considerava jovem do alto de seus 24 anos, e na minha humilde opinião... achava certo. Mesmo se arrependendo de várias coisas, exercitava seu alto controle todos os dias ao tentar resistir Lyla que sempre o tentava do mesmo jeito. Mesmo que o machucasse, seus olhos o traiam. Tentação 1 x 0 Dennis

Lyla, a garçonete, namorava Robert, o jovem universitário que a buscava todas as manhãs... as 6 em ponto enquanto ia para a Universidade. Se gabava por namorar a protagonista dos filmes mais sacanas produzidos pela mente de seus colegas. Robert nunca desconfiou da safada garçonete que sempre parecia ter coisas novas para ensinar... estamos falando sobre sexo. Ele não sabia ao certo como ela conseguia inovar tanto na cama, mas preferia não pensar nisso e apenas aproveitar a oportunidade de se gabar mais um pouco.

O bar ia ficando maior a cada momento... os velhos iam embora... algumas putas desistiam... o relógio não parava. Lyla estava lá, provavelmente fingindo lavar alguns copos esperando que Dennis chegasse por trás levantando sua minuscula saia deixando evidente que sua calcinha já tinha sido devidamente guardada na pequena bolsa verde atrás da porta do banheiro dos empregados.

Ouviu-se o som de uma buzina de algo que parecia um carro.

- Robert... - disse Dennis olhando para o relógio - 6 horas...- disse suspirando de alivio e se sentindo orgulhoso por ter resistido um dia mais...

- Espero que no 3º dia você ressussite mon amour - disse com um sorrisinho de canto de boca, a safada garçonete, que tentava esconder a frustração de não ter gozado mais uma madrugada do prazer do adultério.

Já Dennis... beijou Clare - sua esposa - como não beijava há dias. Foi o melhor despertar de Clare em toda sua vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário